Quase 16 horas depois, e sob um longo e emocionado aplauso, os bombeiros conseguiram retirar com vida o último dos três irmãos que ainda estava preso entre os escombros, em Ísquia, Itália.
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Ciro, de sete anos, é o irmão do meio, os pais foram retirados às primeiras horas da madrugada, do que sobrou da casa da família na cidade de Casamicciola, juntamente com o filho mais novo de sete meses. O irmão Mattias, de 11 anos e Ciro foram os últimos a serem salvos pelas autoridades. De acordo com elementos da equipa de resgate após o abalo o menino empurrou Mattias para debaixo da cama, mais tarde conseguiram agarrar numa vassoura e começaram a bater nos destroços... o que acabou por chamar a atenção das autoridades.
O último balanço do sismo em Ísquia aponta para duas vítimas mortais e 39 feridos.
Ísquia, ao largo da costa de Nápoles, tem uma população de cerca de 50 mil habitantes e é muito popular entre os turistas. Testemunhas contam que foi "uma experiência horrível, estava tudo a tremer, mergulhamos na escuridão, as casas começaram a colapsar... um pesadelo".
Outra pessoa contou no twitter que "estava no sofá a ver televisão, de repente ficou tudo negro, a tremer e algo caiu na minha cabeça. Gritei, a minha mãe agarrou-me e corremos para a rua".
Pelo menos 2 mil e 600 pessoas ficaram sem casa. Um hospital teve que ser evacuado, os feridos foram tratados fora do edifico e vários doentes transportados por avião para Nápoles.
O sismo de 4.0 na escala de Richter ocorreu às inicio da noite, o choque inicial foi seguido por 14 réplicas. Em declarações ao jornal Corriere della Sera, o ex-procurador de Napóles denuncia a falta de fiscalização a construções ilegais e diz que a ilha de Ísquia tem muitos edifícios construídos sem licença e com materiais de fraca qualidade.