O presidente francês, François Hollande, apelou hoje a uma rápida intervenção do Conselho de Segurança da ONU para evitar novos «massacres» na Síria e enquanto o exército sírio desencadeou uma ofensiva em Alepo.
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«A função dos países do Conselho de Segurança da ONU é intervir o mais rapidamente possível», considerou Hollande em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a Monlezun, em Gers (sudoeste de França).
«Dirijo-me uma vez mais à Rússia e à China para que tomem em consideração que será o caos e a guerra civil se [o Presidente sírio] Bachar al-Assad não for travado», acrescentou o chefe de Estado gaulês.
A Rússia e a China têm apoiado Damasco na cena internacional, e em menos de um ano já exerceram por três vezes o direito de veto a resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria.
As declarações do Presidente francês coincidiram com o início de uma ofensiva militar do exército sírio sobre os bastiões rebeldes em Alepo, cujo desfecho é considerado crucial pelas partes em conflito.
«O regime de Bachar al-Assad sabe que está condenado e desta forma vai utilizar a força até ao fim», prosseguiu Hollande. «Ainda não é tarde, mas cada dia que passa é mais uma repressão, revoltas e em consequência massacres», acrescentou.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), sediado em Londres e com ligações à oposição, referiu hoje que mais de 20.000 pessoas, incluindo 14 mil civis, foram mortas em violências na Síria desde o início da revolta contra o regime de Al-Assad, em março de 2011.