Hollande diz que se «torna o candidato de todas as forças que querem fechar uma página e abrir uma outra». Sarkozy quer três debates com o candidato socialista até à segunda volta a 6 de maio.
Corpo do artigo
O socialista François Hollande considerou, este domingo, estar «melhor colocado para tornar-se o próximo presidente da República» francesa, após as primeiras projeções lhe darem uma vitória na primeira volta das presidenciais, adiante de Nicolas Sarkozy.
«Os franceses responderam-me esta tarde e permitindo-me ser hoje o melhor colocado para ser o próximo presidente da República», afirmou Hollande, que deverá ganhar a primeira volta com 28,3 a 29,3 por cento dos votos, contra 25,5 a 27 por cento de Sarkozy.
Hollande aproveitou para agradecer aos eleitores que o deixaram «nesta posição que me honra e dá obrigações», que considerou ser um «ato de confiança» no projeto que apresentou para levar a França «de volta à justiça, para equilibrar as finanças e retomar o crescimento e o emprego».
Este candidato socialista, de 57 anos, que poderá tornar-se o primeiro presidente de esquerda desde François Mitterand, pretende ainda com o seu projeto «reduzir a dívida, proteger a indústria, promover os valores da República, preparar o futuro e a transição energética».
Hollande adiantou ainda que se «torna o candidato de todas as forças que querem fechar uma página e abrir uma outra» e o «candidato da união para a mudança», «união que deve ser a mais alargada possível».
O candidato socialista aproveitou ainda para saudar o apoio dos candidatos Jean-Luc Melenchon e Eva Joly, que «apelaram claramente e sem negociação ao apoio» a François Hollande na segunda volta, marcada para 6 de maio.
Por seu lado, Nicolas Sarkozy propôs a organização de três debates com Hollande até à realização da segunda volta, debates «sobre questões económicas e sociais, sociedade e questões internacionais».
«Os franceses exprimiram um voto de crise, testemunho de inquietude, sofrimento e angústia face ao novo mundo que se está a desenhar», acrescentou o atual presidente francês.
Para Sarkozy, que agradeceu a todos os que o apoiaram, «graças à mobilização na primeira volta podemos abordar a segunda confiança».
Já a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, a terceira candidata mais votada, que obteve o maior resultado de sempre do seu partido, frisou que «nada será como antes».