Um homem de 26 anos, baleado num automóvel durante os tumultos de segunda-feira à noite em Londres, não resistiu aos ferimentos e morreu, anunciou a polícia britânica.
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Trata-se da primeira vítima mortal da vaga de violência registada na capital britânica desde o fim de semana passada.
O homem, que não foi identificado, foi encontrado na segunda-feira à noite, pelas 21:15 horas, dentro de um automóvel no bairro de Croydon (no sul de Londres), onde vários edifícios foram incendiados durante os tumultos, precisou a polícia, em comunicado divulgado esta terça-feira.
A vítima «foi hospitalizada em estado grave», referiu a mesma nota.
Dois jovens, que se encontravam no local na posse de objectos roubados, foram detidos, acrescentou a polícia.
Entretanto, o Governo de Berlim recomendou prudência aos cidadãos alemãs que viajam para Londres. Numa nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país aconselha os turistas alemães a afastarem-se dos locais onde haja distúrbios e a acatarem as directivas das autoridades inglesas.
Contactado pela TSF, o Governo português fez saber que está atento aos acontecimentos violentos em Londres, mas para já disse que não vai fazer recomendações aos turistas portugueses.
Carlos Alves, um antigo jornalista português da BBC que vive em Londres há várias décadas, classificou de «puro vandalismo» o que está a acontecer na capital britânica, com roubos e incêndios, alertando que as autoridades não conseguem dar resposta a esta situação.
Por seu lado, Gilberto Ferraz, outro jornalista que está na cidade há mais de 40 anos, disse à TSF que existe uma preocupação no país com a «segurança» nos Jogos Olímpicos de 2012, «particularmente quando o próprio governo actual tem procurado reduzir os dispositivos da polícia».
Esta situação, acrescentou, poderá afectar os próprios Jogos Olímpicos.