Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados admitiu que está muito preocupado.
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Um homem de 49 anos foi detido na Polónia, na quinta-feira, por ser suspeito de ter violado uma refugiada ucraniana de 19 anos a quem ofereceu ajuda e abrigo. O suspeito, que inicialmente entrou em contacto com a jovem através da internet, pode agora enfrentar uma pena até 12 anos de prisão pelo "crime brutal", segundo as autoridades polacas. A polícia disse que o polaco se aproveitou da fragilidade e do desespero da jovem.
Noutro ponto do país, a polícia interveio quando ouviu um homem a oferecer casa e trabalho a uma rapariga de 16 anos e há ainda denúncias de um homem que, junto à fronteira, estava a oferecer ajuda apenas a mulheres e crianças.
Após estes casos, várias associações alertaram para o risco de tráfico humano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) admitiu que está muito preocupado, não só com o risco de tráfico humano mas também de exploração e abusos sexuais.
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As Nações Unidas temem que este possa ser o cenário ideal para os traficantes se aproveitarem das vítimas.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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