"Horrorizados" com guerra em Gaza, U2 condenam "brutalidade" de Israel e Madonna pede visita do Papa "antes que seja demasiado tarde"
Os artistas utilizaram as redes sociais para manifestar a sua posição sobre o que se passa no Médio Oriente
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Depois de o primeiro-ministro israelita ter anunciado o plano para ocupar a cidade de Gaza, artistas como Madonna ou a icónica banda U2 decidiram utilizar as redes sociais para manifestar a sua posição sobre o que se passa no Médio Oriente. A cantora norte-americana pede a intervenção do Papa Leão XIV "antes que seja demasiado tarde". Já os U2 mostram-se contra a "brutalidade" de Israel sobre o povo palestiniano.
Madonna dirige-se ao chefe da Igreja Católica e pede "por favor" que vá em missão humanitária a Gaza. "Enquanto mãe, não suporto ver o sofrimento das crianças. Elas pertencem a todos. O Papa é o único que consegue autorização para entrar", escreve.
Precisamos de abrir portas humanitárias para salvar estas crianças inocentes. Não há mais tempo. Por favor, diga que vai a Gaza.
Por sua vez, os quatro membros dos U2 - Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. - condenam as ações "diabólicas" do Hamas e do Governo israelita.
"Toda a gente está horrorizada com o que se passa em Gaza - mas bloquear ajuda humanitária e, agora, fazer planos para ocupar militarmente a cidade de Gaza levou este conflito para águas nunca navegadas. Não somos especialistas em política naquela região, mas queremos que o nosso público conheça a posição de cada um de nós”, lê-se.
Para Bono, a ocupação militar da cidade de Gaza é "um eufemismo para a colonização de Gaza" e "o resto da Faixa de Gaza e a Cisjordânia são os próximos". "Em que século é que estamos? O mundo não está farto deste pensamento de extrema-direita?", questiona, já prevendo o que se segue: "Guerra mundial... milenarismo."
Já o guitarrista dos U2, The Edge, considera que esta "não é uma tragédia distante, mas sim um teste à humanidade”. Lança ainda três perguntas a Benjamin Netanyahu.
Não há justificação para a brutalidade que Netanyahu e o seu Governo de extrema-direita têm exercido sobre o povo palestiniano em Gaza e na Cisjordânia. E não só desde 7 de outubro, mas antes disso... embora os níveis de depravação e de ilegalidade pareçam agora inéditos.
O baixista dos U2, Adam Clayton, defende que "preservar a vida dos civis é uma escolha nesta guerra", enquanto o baterista Larry Mullen Jr. admite: "É difícil compreender como é que uma sociedade civilizada pode pensar que matar crianças à fome vai promover qualquer causa e ser justificado como uma resposta aceitável a outro horror."