Hospital condicionado e centros de saúde sem telhado na Beira após passagem de ciclone
O Hospital da cidade moçambicana tem serviços bastante condicionados. Todos os centros de saúde ficaram sem telhado, revelou João Antunes, membro dos Médicos Sem Fronteiras.
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Os serviços de saúde de Beira ficaram "seriamente danificados" na sequência da passagem do ciclone Idai que devastou a região. O diagnóstico foi feito pela organização dos Médicos Sem Fronteiras.
O Hospital da cidade moçambicana tem vários serviços condicionados e todos os centros de saúde ficaram sem telhado.
"Tendo em conta aquilo que foi a primeira análise, quando for possível é começar a utilizar as primeiras estruturas para dar uma primeira resposta aos pacientes mais graves", explicou à TSF João Antunes, membro dos Médicos Sem Fronteiras.
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O responsável admitiu que a equipa que se encontra na cidade de Beira, composta por seis elementos, possa vir a ser reforçada "em função das necessidades no terreno".
Para além da equipa de intervenção rápida, encontram-se também naquela cidade moçambicana 150 elementos da organização, que já estavam no país, inseridos num programa de apoio a doentes com HIV. A prioridade, segundo João Antunes, passa por verificar as condições no terreno, de modo a delinear um plano de intervenção, o mais rápido possível.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários alertou que as próximas 72 horas serão "críticas" para Moçambique, devido aos efeitos do ciclone com cheias esperadas nas bacias dos rios Buzi e Pungoe.
Em comunicado, a agência das Nações Unidas aponta o elevado risco de inundações em zonas urbanas da Beira e do Dondo, no centro de Moçambique.
A catástrofe deixou um número indeterminado de mortos e milhares de desalojados no terreno. Há pessoas isoladas sem alimento e eletricidade. Na segunda-feira, o presidente de Moçambique admitiu que a tragédia possa ter causado mais de mil mortos.
Portugal, como explicou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o Governo, mostrou-se disponível para ajudar no âmbito da cooperação com a União Europeia.
Já a Cáritas e a Cruz Vermelha também já disponibilizaram verbas para dar uma primeira resposta às vítimas.