O Hospital de Madrid acaba de confirmar que enfermeira infetada com ébola esteve em contacto com mais duas pessoas, além do marido que já está em quarentena.
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Esta manhã em conferência de imprensa o director desta unidade anunciou que são quatro os casos suspeitos de terem contraído a doença. Além da enfermeira e do marido, foram ainda identificados um viajante de um país afectado e outro profissional de saúde.
Estas pessoas já foram identificadas e estão a ser monitorizados. O director do Hospital Carlos III admitiu que o caso causou «surpresa» e que a instituição mantém as investigações para determinar as circunstâncias em que ocorreu.Garantiu que sempre respeitaram as normas internacionais.
O responsável explicou também que a enfermeira está a ser tratada com anti-virais já usados anteriormente para tratar esta doença. Durante a noite evoluiu favoravelmente.
Esta terça-feira a Comissão Europeia enviou uma mensagem ao ministério espanhol da Saúde para obter esclarecimentos» sobre o primeiro caso de contágio com Ébola fora do continente africano, explicou o porta-voz Frédéric Vincent, citado pela agência France Presse.
Ontem, surgiu a notícia de que uma auxiliar de enfermagem, que tratou de um missionário espanhol que morreu em setembro com Ébola, foi colocada em isolamento esta madrugada. A mulher foi transferida do Hospital de Alcorcon - onde duas análises realizadas na segunda-feira confirmaram o contágio - para o Carlos III, um centro especializados em doenças infeciosas.
O marido também já foi colocado em quarentena, apesar de as análises terem sido negativas, falta realizar, ainda hoje, um segundo teste. Está também a ser feito um levantamento de todos os contactos que a auxiliar fez nos últimos dias.
Esta manhã, a diretora geral de saúde espanhola está a dar explicações aos deputados espanhóis da Comissão Parlamentar de Saúde. Mercedes Vinuesa garantiu que Espanha está a cumprir todas as normas europeias para evitar a transmissão do Ébola.
Ontem, numa conferência de imprensa, a ministra da saúde Ana Mato fez questão de tranquilizar os espanhóis.
Pouco se sabe ainda sobre a forma como a mulher apanhou o vírus. No dia 30 de setembro, porque estava febril, pediu para ser vista num hospital dos arredores de Madrid, mas só seis dias depois - com febre que não passava - é que os médicos aceitaram despistar a hipótese de Ébola.
Questionada sobre a possibilidade de demissões, a ministra da saúde preferiu não responder. Para hoje, foi convocado um protesto de cinco minutos em todos os hospitais e centros de saúde para exigir a renúncia de Ana Mato.