No Egito, um humorista é acusado de insultos ao Islão e ao presidente Mohamed Morsi. Um tribunal do Cairo emitiu um mandato de prisão por vários crimes, mas Bassem Youssef, antigo médico, acabou por sair em liberdade depois de pagar uma fiança superior a 1700 euros.
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Bassem Youssef começou por ser cardiologista, mas quando Mubarak caiu do poder virou-se para as redes sociais como tantos outros na Primavera Árabe.
Os comentários e os vídeos que colocava no youtube fizeram dele uma figura popular ao ponto de a televisão o chamar para fazer um programa designado "O Programa", uma espécie de "Daily Show" da TV egípcia.
No Programa, Youssef comenta a atualidade, faz notícias e humor sobre os políticos.
Youssef chamou "Super-Morsi" ao presidente egípcio devido aos amplos poderes e retratou-o como um "faraó".
São precisamente as piadas sobre Mohamed Morsi que estão em causa. Depois de investigadas, Youssef foi preso ontem, acusado de insultar e de manchar a imagem do presidente.
Além desta investida contra o humorista, foram emitidas cinco ordens de prisão contra ativistas políticos, acusados de incitar à violência contra a Irmandade Muçulmana, o grupo que levou Morsi ao poder na última eleição.
O líder da oposição, ElBaradei, já veio afirmar que só se vê disto em «regimes fascistas».