Vitkor Orbán defende que o fluxo de migrantes tem de ser parado o mais rapidamente possível.
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O primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orbán, defendeu que não basta defender a fronteira entre a Turquia e a Grécia da chegada de milhares de migrantes, pedindo que os refugiados sejam detidos no norte da Macedónia e na Sérvia.
Viktor Orbán referiu que 130 mil migrantes já cruzaram a fronteira greco-turca, números contestados pela Grécia e por observadores independentes. O primeiro-ministro húngaro defendeu tratar-se de um fluxo que tem de ser interrompido o mais rapidamente possível e prometeu que, se a atual onda de migrantes não parar, "será impedida na fronteira entre a Sérvia e a Hungria".
O número tinha sido avançado originalmente pelas autoridades turcas e foi repetido pelo primeiro-ministro da Hungria, mesmo depois de a Grécia ter desmentido uma entrada massiva em território europeu.
Viktor Orbán participou esta quarta-feira numa cimeira extraordinária do Grupo Visegrado (República Checa, Eslováquia, Hungria e Polónia), cuja presidência rotativa está atualmente na mão dos checos.
Os chefes de governo de Visegrado apoiaram as medidas que a Grécia aplicou para impedir a entrada ilegal de migrantes no território, como a suspensão por um mês do direito de asilo, uma medida muito criticada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O anfitrião da cimeira, o primeiro-ministro checo, Andrej Babis, considerou que a Grécia "está finalmente a defender a sua fronteira", depois de receber 2.230 milhões de euros desde 2015 para lidar com o fluxo migratório.
Em 2015, a Hungria ergueu um muro na fronteira com a Sérvia para impedir o fluxo de refugiados por essa rota, uma medida que foi muito criticada na União Europeia.