O Ministério dos Negócios Estrangeiros iemenita classificou o homicidio de «ato criminoso» que visa «afetar as relações entre o Iémen e a Alemanha».
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O Governo do Iémen responsabilizou a Al-Qaida pela morte do encarregado de segurança da embaixada da Alemanha em Sana, capital do Iémen, e pelo sequestro de um funcionário da Serra Leoa da Unicef.
Segundo a agência iemenita Saba, o Governo do Iémen atribuiu o homicídio e o sequestro a «uma organização terrorista», como é costume referir-se à Al-Qaida.
Quanto ao homicídio do encarregado de segurança na embaixada alemã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iemenita disse que se tratou «de um ato criminoso» que visa «afetar as relações entre o Iémen e a Alemanha».
«Este tipo de incidentes não afetarão as relações entre os dois povos e a sua determinação para fazer frente ao extremismo e ao terrorismo», referiu o ministério numa nota, prometendo levar perante a Justiça os responsáveis pelo ataque ao cidadão alemão, a cuja família endereçou condolências, bem como ao executivo alemão.
O cidadão alemão morreu este domingo depois de baleado por vários homens, quando abandonava um centro comercial próximo do bairro Hadda, a sul da capital, zona das embaixadas na capital iemenita.
As autoridades iemenitas, citadas pela France Presse, referiram ainda que a embaixadora alemã, Carola Muller-Holtkemper, «não se encontra presentemente no Iémen».
A embaixada alemã em Sana é uma das embaixadas ocidentais alvo de ameaças da Al-Qaida, o que resultou no fecho de várias representações diplomáticas no início de agosto e no reforço das medidas de segurança.
O funcionário da Unicef foi sequestrado quando se dirigia para o seu veículo, estacionado no aeroporto de Sana.
A agência Efe salienta que a Al-Qaida realiza ataques com frequência contra as forças de segurança iemenitas e contra objetivos estrangeiros, além de ser responsável por sequestros para exigir a libertação de presos.
Em agosto, os Estados Unidos indicaram que o Iémen é um provável foco de alerta terrorista, o que provocou o encerramento de vinte representações diplomáticas.