
Seminarian Mark Mergner prays the rosary as he awaits Pope Francis' arrival at the Basilica of the National Shrine of the Immaculate Conception in Washington September 23, 2015. REUTERS/Patrick Semansky/Pool - TB3EB9N1J1SO6
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A igreja católica vai juntar-se ao plano de indemnizações às vítimas de pedofilia na Austrália, uma das recomendações da comissão que analisou a resposta das instituições do país a estes abusos.
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"Apoiamos as recomendações da comissão para um plano de compensação nacional administrado pelo Estado (australiano) e estamos dispostos a participar nele", disse o presidente da Conferência Australiana dos Bispos Católicos, Mark Coleridge.
As vítimas "merecem justiça. Muitos deram um passo em frente para contar as suas histórias", acrescentou o arcebispo Coleridge em comunicado.
A instituição indicou que o apoio ao plano tem por objetivo "limitar futuros traumas dos sobreviventes dos abusos".
A igreja católica é a primeira instituição não-governamental do país a aderir ao plano, anunciado em dezembro, e ao qual quase todos os estados e territórios da Austrália já aderiram.
O programa prevê um máximo de 150.000 dólares australianos (112.636 dólares ou 97.365 euros) para cada vítima como compensação pelo abuso sexual sofrido em instituições do país.
A comissão que investigou a resposta institucional à pedofilia na Austrália descobriu que a igreja católica, com fortes raízes no país, recebeu denúncias de 4.500 pessoas por alegados abusos por 1.880 irmãos e padres entre 1980 e 2015.
O anúncio da adesão ao plano de compensação surge na sequência da condenação do arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, por encobrir os abusos cometidos por um padre na década de 1970.
Também o cardeal George Pell, "número três" do Vaticano, enfrenta um julgamento cujos detalhes não podem ser revelados até que o processo termine por ordem judicial.