Ocidente exige investigação credível ao caso da morte do jornalista critico de Riade. Berlim suspendeu venda de armas à Arábia Saudita.
Corpo do artigo
Numa altura em que a morte de Jamal Khashoggi já é uma certeza, crescem cada vez mais suspeitas de encobrimento por parte do regime da Arábia Saudita e como a operação foi realizada em Istambul.
Várias imagens de câmaras de videovigilância mostram que um homem saiu do consulado vestido com as roupas do jornalista saudita. As imagens foram divulgadas pela CNN, que cita as autoridades turcas, dizendo que o indivíduo em causa é um dos 15 que estão a ser investigados pelo homicídio.
À primeira vista, o homem que saiu das traseiras do consulado saudita em Istambul é parecido com o jornalista que, depois de ter entrado no edifício, nunca mais foi visto.
1054314173872721921
A elevada pressão do Ocidente levou Riade a reconhecer que Khashoggi está morto. A agência oficial de notícias saudita SPA avançou ainda que 18 pessoas foram detidas, por suspeitas de estarem envolvidas no caso.
O caso levou a chanceler alemã a anunciar a suspensão da venda de armamento a Riade, até que seja concluída a investigação já em curso. Além da Alemanha, Londres e Paris também exigiram uma investigação "credível" ao caso.
Jamal Khashoggi, de 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.