Impasse político em Espanha. Chamadas telefónicas de Sánchez ainda não deram fruto
À margem das audiências dos partidos com o rei de Espanha têm surgido algumas negociações, nomeadamente entre o líder do PSOE, Pedro Sánchez, e outros partidos.
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Não há sinais que apontem para o desbloqueio do impasse político em Espanha. O rei Felipe VI continua a ouvir os representantes dos partidos com assento parlamentar. Entretanto, à margem destas audiências têm surgido algumas negociações, nomeadamente entre o líder do PSOE, Pedro Sánchez, e outros partidos.
A última jogada de Sánchez não está a ter os efeitos desejados. O jornal El País conta que o primeiro telefonema, com Pablo Iglesias, falhou. O dirigente do Unidas Podemos reafirmou que só vai apoiar o líder socialista se este concordar com um governo de coligação. Em conferência de imprensa, Iglesias disse ainda que seria "razoável" se o rei desse mais tempo aos partidos.
A segunda chamada telefónica, com Pablo Casado, também não correu melhor. O líder do PP, o principal partido da oposição, disse a Sánchez que vai votar contra a investidura para formar governo, uma informação avançada por fontes do PSOE ainda não confirmadas pelos populares, que dizem apenas que aconteceu uma conversas cordial entre ambos e que vão ser prestadas declarações mais tarde.
Por fim, também estava previsto um contacto com Albert Rivera. O líder dos Ciudadanos ofereceu esta segunda-feira a Pedro Sanchéz uma abstenção sob três condições e sublinhou que se essas condições não forem cumpridas não há acordo.
A Reuters cita a porta-voz socialista do congresso, Adriana Lastra, para avançar que o encontro não vai acontecer esta terça-feira.
Esta segunda-feira, Albert Rivera escreveu a Sánchez, pedindo uma reunião urgente. A carta do líder do Ciudadanos surgiu depois de Rivera ter admitido, no mesmo dia, abster-se no parlamento, para viabilizar um governo liderado pelos socialistas.