"Importante que decisão política tomasse a dianteira." ONG lamenta que "principais figuras" não estejam em Roma para a COP16

O World Wide Fund For Nature afirma que, nesta altura decisiva da COP16, era imperativo que os intervenientes políticos tomassem a dianteira das decisões, em vez de deixar tudo nas mãos de tecnocratas. 

Em declarações à TSF, em Roma, Guido Broekhoven, diretor-geral do World Wide Fund For Nature International, sublinha que "era muito importante que os ministros se juntassem à discussão".

"Creio que a negociação técnica tem sido longa e foi isso que nos trouxe aqui. Penso que era muito importante que agora a decisão política tomasse a dianteira", atira.

Para Guido Broekhoven, é preciso que todas as partes envolvidas olhem mais para o que os une do que para o que os separa.

"As partes devem focar-se no bem comum em vez de enfatizarem as diferenças que têm. E têm mesmo de se focar no bem comum, porque é muito importante que cheguem a acordo. Se não houver acordo na parte financeira, torna-se difícil colocar em prática o acordo sobre a biodiversidade com que todas as partes se comprometeram há dois anos", adianta este responsável da WWF.

Já sobre o que seria um bom acordo para a WWF, o belga revela que "seria uma solução construtiva em que todas as partes chegassem a um acordo daqui para a frente relativamente à arquitetura financeira, mas também uma solução que aumentasse o acesso das comunidades indígenas e locais ao financiamento".

"Adicionalmente, seria bom que também houvesse um aumento do financiamento para a conservação da biodiversidade", acrescenta.

A 16.ª Conferência da Biodiversidade, que decorreu de 21 de outubro a 2 de novembro em Cali, na Colômbia, foi suspensa por falta de quórum para decidir questões como o financiamento das medidas e a vigilância e acompanhamento das metas definidas.

A TSF está a acompanhar a Conferência da ONU para a Biodiversidade a convite do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).