Toda a imprensa israelita questiona o futuro do Egito com Mohamed Morsi como presidente. «Escuridão no Egito» é o título do Yediot Aharonot. O jornal mais popular do país escreve que Israel está preocupado com a ascensão ao poder de um islamista extremista no Egito.
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"Vitória perigosa" é o título do editorial deste diário, no qual se destaca o facto de o sucessor de Hosni Mubarak ter presidido a uma comissão que lutava contra a ocupação sionista e que apoia a causa palestiniana.
O jornal Maariv, do centro direita, escreve na primeira página "O medo tornou-se realidade. A Irmandade Muçulmana está no poder no Egito", acrescentando ainda «que o tratado de paz está em dúvida».
No Jerusalem Post, um especialista em assuntos militares considera que nada vai mudar a curto prazo no Egito. O novo presidente enfrenta desafios urgentes como uma guerra com o Estado judaico.
O Diário Haaretz dedica a primeira página às eleições deste fim de semana, sublinhando"A ansiedade que o presidente islâmico despertou em Israel e no Egito".
Um pouco por todo o mundo chegam reações à vitória de Mohamed Mors. A União Europeia apelou ao novo presidente para que governe de forma inclusiva e represente a diversidade do país. O secretário geral das Nações Unidas apelou a Morsi para que não poupe esforços no sentido de implementar a democracia no país.
Paris e Londres saúdam esta vitória e apelaram para a continuação das reformas democráticas. O Irão, que desde 1980 tinha cortado relações diplomáticas com o Egito, também saudou a vitória de Mohamed Morsi.