Cerca de 50.000 pessoas ficaram isoladas na localidade de Matalascañas devido ao incêndio que começou em Huelva, sul de Espanha e que obrigou ao corte de várias estradas.
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"Podem ficar em casa ou na praia". É a recomendação das autoridades espanholas, agora que o fogo isolou algumas zonas do sul do país, porque foi preciso encerrar estradas.
Em Matalascañas, uma estancia balnear onde estão milhares de turistas, as pessoas chegaram a ser avisadas de que poderão ter de passar a noite na praia.
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Rocio Espinosa, em declarações ao Canal Sur, apela à calma e garante que as pessoas não correm perigo se se mantiverem onde estão. Há entretanto a indicação de que os turistas na praia de Matalascanãs estão a começar a sair por um carreiro de terra batida.
O fogo já destruiu um parque de campismo nesta região e está a entrar no parque nacional Doñana classificado pela Unesco como património da humanidade.
O incêndio começou no sábado e, graças ao vento forte, assumiu grandes proporções, sobretudo ao longo deste domingo.
José Fiscal, conselheiro do ambiente na junta de Andaluzia, descreve a fase mais violenta deste incêndio.
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Segundo fontes dos municípios afetados, citadas pelo jornal El Pais, foram cortadas três estradas, entre elas a A-494 e A-483, que ligam a Matalascañas, uma estância no coração do núcleo turístico no Parque Nacional de Doñana, deixando 50.000 pessoas dependentes da reabertura, mas com as autoridades a assegurar que não correm risco.
A conselheira de justiça e do interior da Junta de Andalucía, Rosa Aguilar, apelou à tranquilidade das populações que aguardam a reabertura das estradas. Na zona está um contingente de cerca de 80 guardas civis que estão a gerir o trânsito e a prestar auxilio às cerca 2.000 pessoas que ficaram desalojadas na sequência do fogo (sobretudo de alojamentos turísticos).
Também a praia de Matalascañas está temporariamente isolada, à espera que o incêndio dê uma trégua aos milhares de turistas que "aguardam indicações para pegar nos carros, sem saber para onde ir".
"Matalascañas só tem duas vias de acesso, a estrada que une com Mazagón, que está cortada -- e bem - desde cedo, e que leva a Rocío e a Almonte, onde se apanha a autoestrada que leva a Sevilha. Não há por onde sair", explicou à agência de notícias espanhola EFE, Gregorio Corbalán, habitante do município.
Esta estância balnear hospeda frequentemente milhares de visitantes de cidades vizinhas, especialmente de Sevilha, que passam o fim de semana em hotéis ou a acampar na área.
De acordo com a EFE, da praia não se vê o incêndio, apenas os aviões bombardeiros que recolhem água do mar.
"Disseram-nos que é muito difícil que o fogo chegue até aqui, embora o acampamento de Mazagn, que é a 10 quilómetros tenha sido completamente queimado", observou um outro visitante citado pela EFE.
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A presidente da Junta de Andalucia, Susana Díaz, já agradeceu na rede social Twitter à população de Matalascañas a sua colaboração "facilitando o trabalho dos operacionais contra o incêndio em torno [do parque] de Doñana".
As chamas obrigaram a evacuar os turistas que estavam no hotel Solvasa, os parques de campismo Doñana e Cuesta de la Barca, assim como o Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial do Ministério da Defesa (INTA) na base de El Arenosillo e várias vivendas, segundo o serviço de emergências citado pela EFE.
Segundo fontes do Infoca, a localidade de Mazagón "praticamente esvaziou de gente".
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