Dos feridos fazem parte sete bombeiros por inalação de fumo. Há ainda uma pessoa está desaparecida
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Um incêndio intenso na cordilheira montanhosa de Corbières, no sul de França, provocou esta quarta-feira nove feridos e um morto e destruiu oito mil hectares de vegetação em apenas algumas horas, noticiou a Agence France-Presse (AFP).
Uma idosa morreu na sua casa e duas pessoas ficaram feridas, uma das quais se encontra agora em estado crítico com queimaduras graves. Sete bombeiros também ficaram feridos por inalação de fumo e uma pessoa está desaparecida.
O fogo na cordilheira montanhosa, com 1230 metros de altitude, levou ao encerramento da autoestrada A9, que liga França a Espanha.
As chamas, impulsionadas pelo vento, espalharam-se das florestas para o cerrado antes de atingirem a aldeia de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, perto de Carcassonne, onde casas ficaram destruídas.
Parques de campismo e cerca de 30 casas foram evacuadas na região, por precaução.
Em Tournissan, outra aldeia da região, os habitantes tentaram conter o avanço das chamas com mangueiras de jardim, observou um repórter da AFP.
"O vento está a enfraquecer. Desde o cair da noite, há um pouco mais de humidade. Podemos esperar que o fogo se propague mais lentamente durante a noite", apontou a secretária-geral da Câmara Municipal de Aude.
Lucie Roesch admitiu no entanto que "as condições meteorológicas [não deixam de ser] desfavoráveis” e que “esta é uma das áreas mais secas da região".
A combater o incêndio estão 1250 bombeiros, tendo três ficado feridos sem gravidade.
Até ao anoitecer foram ainda utilizados nove aviões Canadair, cinco aeronaves Dash e dois helicópteros, sublinhando Lucie Roesch que é "a capacidade máxima nacional".
Os meios de combate ao incêndio foram alternando, mas não conseguiram controlá-lo.
A região de Aude foi colocada em alerta vermelho para incêndios florestais na terça-feira, com risco "muito elevado", devido à onda de calor, segundo o serviço nacional de meteorologia de França, Météo-France.
Desde o início do verão, ocorreram vários incêndios na área de Aude, afetada pela seca, sendo o de Narbonne, no início de julho, o maior desde 1986 na região, ao atingir os dois mil hectares e mobilizado quase mil bombeiros.
