A polícia isolou a praça Syntagma, junto ao parlamento grego, mas os confrontos com manifestantes continuam nas ruas adjacentes, onde foi posto fogo a um banco e duas lojas.
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A polícia grega reviu em alta, para 100 mil, as estimativas de participação nas manifestações contra o novo plano de austeridade, com mais 20 mil pessoas a manifestarem-se em Salónica, a segunda cidade do país.
No parlamento grego, os deputados preparam-se hoje para votar o novo plano de austeridade que a "troika" exige como condição para o país receber um segundo pacote de resgate, de 130 mil milhões de euros, sem o qual irá à bancarrota.
O país necessita de financiamento até 20 de Março, quando tem de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos credores de dívida pública.
A polícia isolou a praça Syntagma, junto ao parlamento grego, onde à meia-noite local (22h00 horas de Lisboa) é votado o novo plano de austeridade, mas os confrontos com manifestantes continuam nas ruas adjacentes, onde foi posto fogo a diversos edifícios.
Após a polícia ter dispersado a concentração de protesto em Atenas contra o novo memorando de ajuda à Grécia, com recurso a granadas de gás lacrimogéneo, logo após o seu início (pouco depois das 17h00 locais, 15h00 em Lisboa), milhares de manifestantes recuaram, mas o ambiente continua tenso nas artérias vizinhas do parlamento grego, testemunhou a Lusa no local.
As agressões entre manifestantes e agentes policiais são constantes, com arremessos de pedras e cocktails molototov, escutando-se o som de rebentamentos frequentes de petardos, e na atmosfera persiste um cheiro intenso de gás lacrimogéneo e de fumo de caixotes do lixo a arder.