A China acusou as forças indianas de realizaram "ataques provocadores" às suas tropas e ainda não anunciou nenhuma baixa do seu lado.
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O exército indiano anunciou hoje a morte de 20 militares num confronto com tropas chinesas na fronteira disputada dos Himalaias, referindo ainda que os dois lados "se separaram" da área disputada de Galwan, onde se enfrentaram durante a madrugada.
Inicialmente, o exército tinha anunciado três baixas, mas atualizou o total de mortos ao revelar que outros 17 sucumbiram aos ferimentos sofridos numa zona a grande altitude e com temperaturas negativas.
A China acusou as forças indianas de realizaram "ataques provocadores" às suas tropas e ainda não anunciou nenhuma baixa do seu lado.
O confronto é o primeiro com vítimas mortais entre os dois gigantes asiáticos desde 1975.
Vivek Katju, um diplomata indiano reformado, disse que o conflito foi um abandono dramático de quatro décadas de tropas dos dois países a enfrentarem-se sem fatalidades.
"A classe política e de segurança como um todo vão ter de pensar seriamente no caminho que têm pela frente", afirmou.
Soldados dos dois países têm mantido, desde o início de maio, confrontos ao longo da fronteira, principalmente nas regiões a alta altitude do norte da Índia.
Índia e China disputam o território, desde há muito tempo, nas regiões de Ladakh e Arunachal Pradesh, mas nem sequer estão de acordo sobre a extensão da sua fronteira comum.
A Índia diz que a extensão é de 3.500 quilómetros, a China aponta para apenas 2.000 quilómetros.
Em 1962, China e Índia envolveram-se numa guerra por causa da fronteira dos Himalaias, tendo chegado a um acordo de cooperação na década de 1980. Desde então, verificam-se pontualmente diferendos.