
<p>Marco Archer, o brasileiro condenado na Indonésia que será hoje executado.</p>
Reuters/Beawihorta
O Presidente indonésio, Joko Widodo, negou o pedido feito por telefone pela chefe de Estado brasileira, Dilma Rousseff, pela clemência a dois brasileiros condenados à morte, anunciou a Presidência do Brasil.
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A execução por pelotão de fuzilamento de Marco Archer Cardoso Moreira, condenado por tráfico de drogas em 2013, está prevista para hoje às 17h, hora portuguesa. O outro brasileiro que espera no corredor da morte do país é Rodrigo Muxfeldt Gularte.
A Presidente «ressaltou ter consciência da gravidade dos crimes cometidos pelos brasileiros» e «respeitar a soberania da Indonésia e do seu sistema judiciário, mas como Chefe de Estado e como mãe, fazia esse apelo por razões eminentemente humanitárias», lê-se na nota.
Rousseff afirmou ainda que o ordenamento jurídico brasileiro não comporta a pena de morte e que o seu «enfático apelo pessoal expressava o sentimento da sociedade brasileira».
O presidente Joko Widodo respondeu que compreende a preocupação de Rousseff com o brasileiros, mas não pode suspender a sentença de Cardoso Moreira, pois «todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei, e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal», diz-se na nota do governo de Rousseff.
A chefe de Estado brasileira lamentou a decisão de Widodo e afirmou que a execução irá «gerar comoção no Brasil e terá repercussão negativa para a relação bilateral».