Édouard Philippe, primeiro-ministro francês, reagiu ao acidente no Mali que vitimou 13 soldados franceses.
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O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, defendeu esta terça-feira que a ação militar do exército no Mali é "indispensável" na luta contra os grupos 'jihadistas' na região, depois de um acidente de helicóptero que matou 13 soldados franceses.
"É uma luta muito longa" e "a dimensão militar, por si só, não permite alcançar uma vitória definitiva, mas é essencial", defendeu o primeiro-ministro na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês.
Édouard Philippe acredita que, "sem uma presença militar, sem uma capacidade de enfrentar o inimigo, sem uma capacidade de desestabilizar as suas rotas, os seus depósitos de armas, os seus acampamentos", não é possível "garantir o indispensável trabalho de estabilização política e o desenvolvimento económico".
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Treze soldados franceses que integravam a operação de França no Mali - a Operação Barkhane - morreram na noite de segunda-feira naquele país, após a colisão entre dois helicópteros envolvidos numa missão de combate a grupos 'jihadistas'.
A intervenção do primeiro-ministro surgiu em resposta a uma pergunta colocada por um deputado do partido de esquerda radical França Insubmissa, que apontou que "todo o país está a questionar os objetivos pretendidos e a estratégia a adotar" no Sahel.
A sessão na Assembleia Nacional foi iniciada com um minuto de silêncio, com o Presidente da Assembleia, Richard Ferrand, a homenagear os soldados que morreram numa "luta implacável contra o terrorismo".
O primeiro-ministro acrescentou que "o uso das forças armadas é sempre político" e que "deve corresponder aos objetivos definidos pelas autoridades políticas" e "aos interesses de França, que são definidos pelos governos e pelo Presidente da República".
Nesse sentido, o governante francês garantiu que "estes objetivos políticos foram afirmados e reafirmados", entre os quais "evitar a desestabilização dos Estados parceiros e amigos".
A ministra do Exército, Florence Parly, afirmou, perante os deputados, que regressará em breve a Gao, no Mali, e saudou os "heróis excecionais que morreram por França".
Num comunicado hoje divulgado, o Palácio do Eliseu anunciou que 13 soldados franceses morreram numa colisão entre dois helicópteros na noite de segunda-feira.