Atualização do número de vítimas mortais depois das inundações das últimas horas no norte e leste do país.
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Pelo menos 150 pessoas morreram e centenas ficaram feridas nas inundações que se registam no norte e leste do Afeganistão, onde as equipas de socorro ainda procuram sobreviventes sob a lama e os escombros de casas destruídas.
O último balanço apontava para 122 vítimas mortais nas inundações, que atingiram pelo menos 12 das 34 províncias do país, segundo o Departamento de Gestão de Acidentes do Afeganistão.
O vice-ministro da Gestão de Acidentes, Mohammad Qasim Haidari, atualizou, entretanto, o balanço para 150 mortos, avisando que o número de vítimas pode subir, uma vez que as equipas de resgate ainda estão a tentar localizar vítimas entre os escombros de casas destruídas pelas águas.
Enxurradas inundaram a cidade de Charikar, no norte da província de Parwan, a partir da noite de terça-feira.
O Ministério da Saúde disse que o hospital local ficou parcialmente destruído e muitos dos feridos foram transferidos para a capital, Cabul.
Fortes enxurradas naquela província montanhosa deslocaram milhares de grandes rochas que provocaram ferimentos e destruíram casas, soterrando as pessoas sob os escombros, disseram as autoridades.
Segundo a mesma fonte, 102 pessoas morreram só na província de Parwan.
Outras 19 pessoas morreram em Cabul, 17 em Kapisa, sete em Wardak, três em Panjshir, duas em Nangarhar e uma em Paktia.
Mais de 200 pessoas ficaram feridas.
Uma porta-voz do governador de Parwan, Wahida Shahkar, disse que o exército e a polícia foram enviados para ajudar as pessoas a encontrarem familiares sob a lama.
O diretor do hospital provincial, Abdul Qasim Sangin, disse que a cada 30 minutos ou uma hora chega um corpo ao hospital.
O responsável acrescentou que muitas crianças estão entre as vítimas mortais e que alguns dos feridos estão em estado crítico.
Charikar, a capital de Parwan, é um popular destino de férias no Afeganistão.
Numa videoconferência, o Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, prometeu apoio àqueles que perderam familiares e casas nos últimos dias.
Um grupo de empresários afegãos ofereceu alimentos e dinheiro a famílias de Parwan, onde o Ministério da Gestão de Desastres estima que mais de 2.000 casas tenham sido destruídas.
O Afeganistão regista frequentemente catástrofes relacionadas com as condições meteorológicas que provocam muitas vítimas, como foi o caso dos deslizamentos de terra ocorridos em maio de 2014, que mataram 2.000 pessoas.