O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, deu conta, esta quarta-feira, da entrada em funcionamento de uma nova geração de centrifugadoras, anunciando também a construção de quatro novos reactores nucleares de investigação.
Corpo do artigo
É uma tecnologia desenvolvida exclusivamente no Irão e para já limitada a fins civis, mas a comunidade internacional suspeita de mais um passo em direcção à bomba atómica.
Esta quarta-feira, Mahmoud Ahmadinejad presidiu à cerimónia de introdução da primeira barra de combustível nuclear enriquecido no reactor de investigação instalado em Teerão.
Horas depois, o presidente iraniano ordenou a construção de quatro novos reactores nucleares em quatro locais diferentes e anunciou, num discurso transmitido na televisão estatal, a activação de 3000 novas centrifugadoras na central de Natanz, no centro do país.
Dispositivos que deverão acelerar a produção de uranio enriquecido, uma questão que divide o irão e as potencias ocidentais.
Por um lado, o Irão garante que o programa nuclear tem fins civis, como é o caso do reator de investigação que produz isótopos para o tratamento de doentes de cancro. Ao passo que a comunidade internacional suspeita que o programa tem fins militares.