Na Assembleia Geral da ONU, o presidente do Irão disse que esta agressão é a «forma dos sionistas não civilizados ou incultos submeterem os países vizinhos a uma realidade amarga».
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O presidente do Irão considerou, esta quarta-feira, que o seu país está a ser alvo de numa «intimidação através de armas nucleares» levada a cabo por Israel e pelos países ocidentais.
No discurso que fez esta quarta-feira na Assembleia Geral da ONU, Mahmud Ahmadinejad disse que a ameaça de utilização de «novas gerações de armas ultra-modernas» é uma «nova maneira de ameaçar nações para as obrigar a aceitar a hegemonia».
«As ameaças persistentes feitas por sionistas incultos de recorrer à ação militar contra a nossa grande ilustre nação ilustra claramente essa amarga realidade», acrescentou.
Ahmadinejad, que deverá ter feito o seu último discurso na ONU como presidente do seu país, garantiu ainda que a ONU está «sob a dominação de um número limitado de governos, que impedem as Nações Unidas de de cumprir as suas responsabilidades de forma justa e equitativa».
Neste discurso, o líder iraniano aproveitou ainda para elogiar por diversas vezes a Primavera Árabe, que resultou nas mudanças de regime em alguns países do norte de África e Médio Oriente.
Ao criticar os países mais ricos, em especial aos EUA, Ahmadinejad sublinhou que estes «estrangulam os mais pobres, aumentando as desigualdades», o que acompanha a linha promovida pela atual ordem mundial.
Por esta razão, o presidente do Irão concluiu que o «mundo precisa de uma nova ordem mundial e uma nova maneira de pensar», uma «ordem justa em que todos são iguais perante a lei e em que não há dois pesos e duas medidas».
Representantes dos EUA, Israel e Canadá abandonaram a sala no momento em que Mahmud Ahmadinejad falava.