O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano chamou, esta quarta-feira, seis embaixadores da União Europeia, incluindo o português, para discutir as sanções europeias contra Teerão.
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Os embaixadores de Portugal, Espanha, França, Itália, Holanda e Grécia foram «convidados» a encontrar-se com Hassan Tajik, diretor do departamento de Assuntos Europeus do ministério, disse a agência noticiosa estatal iraniana Irna.
Segundo a agência, os diplomatas francês, italiano e espanhol já se encontraram com Tajik.
Uma fonte de uma das embaixadas, citada pela agência AFP, disse que as conversações com o ministério se focaram no anúncio da UE, feito a 16 de janeiro, do progressivo embargo ao petróleo iraniano.
O responsável diplomático iraniano demonstrou-se preocupado com o efeito que o embargo poderá ter nas economias europeias, que vivem momentos de dificuldade, disse a fonte diplomática europeia.
O Irão é o segundo maior produtor da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), depois da Arábia Saudita, extraindo cerca de 3,5 milhões de barris por dia, dos quais exporta 2,5 milhões.
O embargo europeu aumenta a pressão sobre a economia iraniana, que depende das exportações petrolíferas.
O objetivo das sanções europeias é obrigar Teerão a suspender o programa nuclear, que o Irão diz ter fins pacíficos, de geração energética, mas que o Ocidente acredita ter como objetivo o desenvolvimento de uma arma nuclear.
Cerca de 20 por cento das exportações petrolíferas iranianas tem como destino a UE, sobretudo Itália, Espanha e Grécia.