Os aliados do eixo "não permitirão que o inimigo atinja os seus objetivos sujos em Gaza e na Palestina".
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O chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irão prometeu esta sexta-feira que Teerão e outros membros do "eixo da resistência" impedirão Israel de atingir os seus objetivos em Gaza, incluindo a eliminação do Hamas.
"Os seus irmãos do eixo estão unidos a si", afirmou Esmail Qaani numa mensagem dirigida a Mohamad Deif, chefe das Brigadas Ezzeldin al-Qassam, o braço armado do Hamas.
Qaani disse na mensagem que os aliados do eixo "não permitirão que o inimigo atinja os seus objetivos sujos em Gaza e na Palestina".
Descreveu os ataques de 7 de outubro do Hamas contra Israel como "uma grande epopeia", segundo a agência iraniana IRNA.
"Mostraram claramente a fraqueza e a fragilidade do regime usurpador sionista e demonstraram de uma forma prática e decisiva que o regime é mais fraco do que uma teia de aranha", afirmou.
No ataque sem precedentes de 7 de outubro, o grupo extremista Hamas matou 1200 pessoas no sul de Israel e fez mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Qaani disse que a Palestina e a região "não serão as mesmas de antes" após os ataques do Hamas, conhecidos como a "Tempestade de Al Aqsa".
Acrescentou que os confrontos contra o Exército israelita em Gaza "mostram que a resistência é capaz de inovar", de acordo com a IRNA, citada pela agência espanhola Europa Press.
Israel afirmou que o objetivo da ofensiva na Faixa de Gaza é erradicar o Hamas, que controla o pequeno território palestiniano desde 2007.
O conflito está também a ser marcado por confrontos de Israel com a milícia xiita libanesa Hezbollah na fronteira libanesa e em ataques de rebeldes huthi do Iémen contra território israelita.
Vários países da região alertaram para o risco de uma escalada e apelaram para um cessar-fogo, até agora rejeitado por Israel e pelos seus aliados, enquanto o Irão excluiu a possibilidade de participar abertamente na guerra.
As autoridades de Gaza, controlada pelos islamistas, informaram que mais de 11.500 pessoas foram mortas pela ofensiva israelita.
Os palestinianos dizem também que mais de 180 pessoas foram mortas na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos.