O papa afirmou estar disponível para, se for necessário, deslocar-se ao Iraque, no sentido de apoiar os refugiados cristãos do Curdistão ainda que consider que que «neste momento, não é a melhor coisa a fazer».
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O papa Francisco defendeu hoje uma intervenção das Nações Unidas para acabar com a «agressão injusta» contra civis no Iraque, disponibilizando-se para visitar o país, «se for necessário».
Em declarações a bordo do avião oficial, no regresso da Coreia do Sul a Itália, o papa assumiu que prefere uma intervenção conjunta das Nações Unidas a uma ação unilateral como a que já está a ser levada a cabo.
«No caso de a agressão ser injusta, é lícito terminar com ela. Sublinho o verbo terminar e não bombardear, nem fazer a guerra», disse Francisco aos jornalistas que o acompanham.
«Uma única nação não pode julgar como terminar» com uma agressão, frisou ainda, referindo-se aos Estados Unidos.
O papa afirmou estar «disponível» para, «se for necessário», deslocar-se ao Iraque, no sentido de apoiar os refugiados cristãos do Curdistão. «Porém, neste momento, não é a melhor coisa a fazer», realçou.
Na última semana, os Estados Unidos realizaram uma quinzena de bombardeamentos seletivos no Norte do Iraque, para combater as forças dos extremistas do Estado Islâmico.
Há dois meses que o Estado Islâmico controla Mossul, a segunda cidade do Iraque, e combate em vários outros pontos do Norte do país, para ampliar o "califado" que proclamou. A ofensiva da aliança extremista, que agrega elementos de vários grupos insurgentes sunitas, já provocou o êxodo de dezenas de milhares de civis.