Uma nova vaga de atentados no Iraque provocou hoje pelo menos 35 mortos, incluindo 18 vítimas em duas famílias xiitas após as suas casas terem sido dinamitadas de noite enquanto dormiam.
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Os atentados ocorreram um dia após a morte de mais de 60 pessoas no país, incluindo 50 em Bagdad, onde 12 viaturas armadilhadas deflagraram em bairros de maioria xiita.
O aumento da violência fez de novo aumentar os receios de um regresso à guerra inter-religiosa entre sunitas e xiitas que provocou dezenas de milhares de mortos em 2006-2007.
Um balanço da agência noticiosa AFP refere que cerca de 4.000 pessoas já foram mortas durante a vaga de violência no país em 2013.
A agência AKE, especialista em avaliações de risco, indicou uma média de 155 mortos por semana no Iraque desde abril, comparado com uma média semanal de 60 mortos entre o início de 2011 e a passada primavera.
Em paralelo, um responsável do organismo luta antiterrorista anunciou hoje a captura, perto de Tikrit, de um braço direito de Ezzat al-Douri, o último alto dirigente em fuga do regime de Saddam Hussein.
Hussein al-Khazraji foi preso após prolongada perseguição, referiu Samir al-Shuwali, porta-voz do organismo.
Ezzat al-Douri, 71 anos, foi vice-presidente do Conselho do Comando da Revolução, a mais importante instância dirigente sob Saddam Hussein. É suspeito de dirigir uma parte da rebelião sunita contra o governo de Bagdad, de maioria xiita.