A Irmandade Muçulmana diz que é uma «fraude» a informação de que reivindicou a autoria dos dois atentados na capital Síria, que ontem fizeram 44 mortos, entre militares e civis.
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Muitos polícias e civis armados estiveram na zona em redor da mesquita enquanto se realizavam os funerais das vítimas. Depois das orações, o ministro dos Assuntos Religiosos leu um comunicado a condenar os atentados e a alertar o povo sírio para o que diz ser «um perigoso complô» que está em curso contra a Síria.
O ministro pediu ainda à Liga Árabe e às Nações Unidas que assumam responsabilidades, palavras atentamente escutadas pelas milhares de pessoas que participaram nas cerimónias fúnebres.
Já antes deste discurso, as Nações Unidas manifestaram profunda preocupação com os atentados, que esta sexta-feira mataram 44 pessoas em Damasco.
O secretário-geral Ban Ki-moon pediu o fim imediato da violência e insistiu para que o governo implemente o plano de paz proposto pela Liga Árabe.
Na próxima segunda-feira vão chegar à Síria 50 observadores da Liga para avaliarem se o executivo de Damasco está a cumprir o plano.
Entretanto, da União Europeia e dos EUA chegam pedidos para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas imponha rapidamente um embargo às armas. Uma posição já contestada pela Rússia que garante o voto contra e que classifica estes pedidos de extremistas e inconsequentes.