Os resultados oficiais só serão conhecidos no final da semana, mas a Irmandade Muçulmana não perdeu tempo. Garante que o seu candidato, Mohamed Mursi, venceu as eleições presidenciais no Egito.
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O exército egípcio voltou hoje a assumir o poder legislativo até à eleição de um novo parlamento, estando a realização de um escrutínio condicionada à adoção prévia de uma Constituição. Estas medidas constam de uma Declaração constitucional complementar, anunciada esta noite pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder no Egito desde que o antigo presidente Hosni Mubarak foi deposto em fevereiro de 2011. A câmara dos deputados, dominada pelos islamitas, foi oficialmente dissolvida no sábado, na sequência de uma decisão do Tribunal Constitucional.
A Irmandade Muçulmana reivindicou hoje a vitória do seu candidato, Mohammed Morsi, na segunda volta das primeiras eleições presidenciais no Egito desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
«O doutor Mohammed Morsi é o primeiro presidente da república egípcio eleito pelo povo», diz uma mensagem da conta oficial da rede social Twitter do Partido Liberdade e Justiça, o braço político da Irmandade Muçulmana.
O partido fez o anúncio depois de apurados os dados de cerca de 11 mil das 13 mil assembleias de voto colocadas em todo o país, não havendo, até ao momento, qualquer informação ou comentário por parte da oposição.
De acordo com os resultados parciais divulgados pela Irmandade Muçulmana, o seu candidato, Mohammed Morsi, conquistou 52,5% dos votos, enquanto que o último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, Ahmad Chafiq, 47,5%.