Isabel dos Santos saiu de Lisboa à hora da reunião dos procuradores de Portugal e de Angola
O JN avança que a empresária partiu para o Reino Unido, num voo da TAP, à mesma hora em que decorria o encontro entre os procuradores dos dois países.
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A empresária angolana Isabel dos Santos esteve esta quinta-feira em Lisboa para conceder "plenos poderes" aos seus representantes legais, mas saiu de Portugal no próprio dia à mesma hora que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, estava reunida com o seu homólogo angolano, Hélder Pitta Grós. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, esta sexta-feira.
De acordo com o jornal, fontes próximas dos negócios que envolvem Isabel dos Santos garantiram que a filha de José Eduardo dos Santos tão cedo não voltará a ser vista por Portugal nos próximos tempos. Um dos motivos será a possibilidade de ser emitido um mandado de captura internacional contra si e de haver acordo de extradição entre Portugal e Angola.
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O JN avança que a empresária partiu para o Reino Unido, num voo da TAP, à mesma hora em que decorria o encontro entre os procuradores dos dois países.
Isabel dos Santos e portugueses arguidos
Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal angolana Sonangol, no chamado caso Luanda Leaks, segundo a Procuradoria-Geral da República de Angola.
O processo de inquérito aberto na sequência de uma denúncia do presidente do conselho de administração daquela petrolífera, Carlos Saturnino, já foi transformado em processo-crime e algumas pessoas foram constituidas arguidas: a empresária e filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos, Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol, Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA, Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS, e Nuno Ribeiro da Cunha, gestor de conta da Sonangol no EuroBic.
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