Israel adia aprovação de cessar-fogo e acusa Hamas de criar "crise de última hora"
Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelita, a reunião só será retomada quando os mediadores notificarem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo
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A reunião do Governo de Israel para aprovar o acordo de cessar-fogo, que estava marcada para as 11h00 locais (09h00 em Lisboa), foi adiada. A notícia é avançada pela Sky News, citando um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, que revela que Benjamin Netanyahu acusa o Hamas de criar uma "crise de última hora", depois de, alegadamente, ter tentado alterar pormenores do projeto de cessar-fogo anunciado na quinta-feira pelo Catar.
“O Hamas está a renegar partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel, numa tentativa de extorquir concessões de última hora", lê-se na nota.
Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelita, a reunião só será retomada quando os mediadores notificarem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo.
“Israel não vai marcar uma data para a reunião do governo até os mediadores anunciarem que o Hamas aprovou todos os detalhes de um acordo”, acrescenta a nota.
Fontes governamentais israelitas, citadas pela agência norte-americana Associated Press, afirmam que o Executivo israelita não vai aprovar a aplicação do acordo até que as divergências sejam esclarecidas.
O acordo alcançado entre Israel e o Hamas prevê um cessar-fogo completo durante 42 dias a partir de domingo, após 15 meses de uma guerra devastadora, e a troca de 33 reféns israelitas por centenas de prisioneiros palestinianos.