O negociador palestiniano Mohammed Shtayeh já veio dizer que o anúncio mostra que Israel «não é sério» nas negociações para um acordo de paz.
Corpo do artigo
«As propostas serão publicadas» ainda hoje para a construção de 793 habitações em Jerusalém-leste e outras 394 em colonatos da Cisjordânia, segundo um comunicado do Ministério da Habitação de Israel.
No texto, o ministro da Habitação, Uri Ariel, do partido de extrema-direita Casa Judaica, rejeitou as críticas internacionais à construção nos territórios ocupados como ilegal e contrária à paz.
«Nenhum país do mundo aceita ordens de outros países sobre onde pode construir ou não. Vamos continuar a vender apartamentos e a construir em todo o país», afirmou no comunicado.
O ministério indicou que os lotes de terreno são em Har Homa e Gilo, nos arredores sul de Jerusalém-leste, e em Pisgat Zeev, nos limites norte da cidade.
Na Cisjordânia, os lotes situam-se no norte, em Maaleh Adumim, a leste de Jerusalém, e em Efrata e Beitar Ilit, perto de Belém.
Na reação, o negociador palestiniano Mohammed Shtayeh afirmou que israel «não é sério» nas negociaçõers e acrescentou que Israel «pretende, com esta atividade intensa de construção, destruir as bases da solução defendida pela comunidade internacional de estabelecer um Estado palestiniano com as fronteiras de 1967».
O Departamento de Estado norte-americano, que mediou o reinício das negociações de paz, a 29 de julho em Washington, anunciou uma próxima ronda de conversações para quarta-feira em Jerusalém. As negociações estavam suspensas desde 2010.
Os palestinianos exigem há anos que Israel se comprometa com a suspensão da construção nos territórios ocupados, mas aceitaram retomar as negociações com base num compromisso verbal não oficial de travar o ritmo da construção.