Israel anuncia restabelecimento do cessar-fogo em Gaza "após ataques que atingiram dezenas de alvos terroristas"
As autoridades israelitas afirmaram que as suas forças atacaram "30 terroristas que ocupavam posições de comando em organizações terroristas"
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O exército israelita anunciou esta quarta-feira que, "após uma série de ataques que atingiram dezenas de alvos terroristas", está a restabelecer o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"De acordo com a diretiva do Governo, após uma série de ataques que atingiram dezenas de alvos terroristas e neutralizaram terroristas em resposta às violações do Hamas, o Exército retomou a aplicação do cessar-fogo", referiu o comunicado dos militares israelitas.
Pelo menos 91 palestinianos, incluindo 24 crianças e sete mulheres, morreram entre a tarde de terça-feira e esta quarta-feira devido aos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, disseram fontes médicas e da Defesa Civil do enclave à agência de notícias EFE.
As autoridades israelitas afirmaram que as suas forças atacaram "30 terroristas que ocupavam posições de comando em organizações terroristas" que operam dentro do território palestiniano.
A nota referiu ainda que as forças israelitas continuariam a respeitar o acordo de cessar-fogo, mas responderiam com firmeza a qualquer violação do pacto.
Esta onda de ataques israelitas, que atingiu de norte a sul a Faixa de Gaza, começou na tarde de terça-feira, por ordem do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de ter acusado o Hamas de violar o cessar-fogo, em vigor há mais de duas semanas.
Netanyahu ordenou ao exército que realizasse "ataques contundentes na Faixa de Gaza", após uma reunião do Gabinete de Segurança, segundo um comunicado do Executivo de Israel.
A reunião de segurança foi convocada depois de o Hamas ter devolvido a Israel os restos mortais de um refém, que, após exames forenses, foram identificados como pertencentes a um prisioneiro cujo corpo já tinha sido recuperado em 2023.
Israel alegou que membros do grupo palestiniano atacaram os seus militares em Rafah, num incidente em que um soldado israelita foi morto. O grupo palestiniano negou qualquer envolvimento nestes ataques.
