O Governo israelita aprovou hoje a atribuição de 5.000 autorizações de trabalho a palestinianos da Cisjordânia para que eles possam trabalhar em Israel, disse hoje à France Presse uma fonte governamental.
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A fonte, que pediu o anonimato, referiu que a resolução foi tomada no quadro de negociações com os palestinianos e traduz a vontade de Israel de ajudar a economia palestiniana.
A mesma fonte revelou ainda que muitos ministros israelitas opuseram-se à medida, alegando não haver razões para apoiar o crescimento da economia palestiniana enquanto os palestinianos continuarem a apelar ao boicote à economia israelita.
A decisão israelita surge depois de quase três anos de gelo nessa matéria e numa altura em que israelitas e palestinianos iniciaram em julho negociações de paz diretas, no seguimento de intensos esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Após a segunda Intifada, um movimento palestiniano surgido no início do novo século, Israel limitou o número de autorizações para os palestinianos circularem ou trabalharem em Israel.
Entretanto, John Kerry assegurou hoje, em Paris, que israelitas e palestinianos estão "determinados" a prosseguir as negociações diretas.
O secretário de Estado norte-americano indicou ainda que irá reencontrar-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, logo que as agendas dos dois responsáveis o permitam.
Em Paris, Kerry recebeu vários ministros da Liga Árabe a que, informou sobre os avanços das negociações com vista a resolver o conflito israelo-palestiniano.
Volvidos quase três anos de impasse, israelitas e palestinianos recomeçaram a 29 e 30 de julho contactos diretos em Washington.
As anteriores negociações fracassaram em setembro de 2010 em virtude da continuação dos colonatos israelitas.
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