O Governo israelita votou, por larga margem, a favor da troca de prisioneiros com o Hezbollah. Desta forma, Israel vai receber dois soldados capturados em Julho de 2006, mas terá entregar cinco detidos libaneses.
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O governo israelita deu, esta terça-feira, luz verde para a troca de prisioneiros com o movimento xiita libanês Hezbollah, uma decisão aprovada pela grande maioria dos ministros do executivo liderado por Ehud Olmert.
O ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, agradeceu a colaboração da Alemanha, que mediou este acordo por indicação das Nações Unidas, acordo que deverá ser colocado em prática a partir de quarta-feira na fronteira israelo-libanesa.
Já o vice-primeiro-ministro israelita, Eli Yishai, explicou que não queria que as famílias de dois soldados israelitas, capturados em Julho de 2006 pelo Hezbollah, tivessem a mesma sorte que os familiares de Ron Arad, soldado israelita desaparecido no Líbano após a queda do seu aparelho em 1986.
O ministro israelita dos Assuntos Sociais, Isaac Herzog, disse ainda que o Estado hebraico tem não só de tentar obter informações sobre Ron Arad, mas também «assegurar a entrega em liberdade de Gilad Shalit», capturado em 2006, na fronteira com a Faixa de Gaza por um comando palestino.
O acordo prevê que os israelitas, através do Comité Internacional da Cruz Vermelha, entreguem ao Hezbollah cinco detidos libaneses e recebem em troca os soldados Ehud Goldwasser e Eldad Regev, presumidos mortos pelo governo israelita.
A captura destes dois soldados deu origem à guerra de 34 dias que opôs há dois anos Israel ao movimento xiita libanês Hezbollah.
Dos 25 ministros israelitas, votaram apenas contra este acordo o ministro dos Finanças, Roni Bar On, o ministro da Justiça, Daniel Friedman, e o ministro da Habitação, Zeev Boim.