Os serviços de segurança israelitas (Shin Beth) anunciaram hoje ter desmantelado na Cisjordânia ocupada uma rede de combatentes do Hamas dirigida a partir da Turquia e que preparava atentados, incluindo contra um estádio de futebol em Jerusalém.
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A rede de 30 elementos, desmantelada em setembro, operava sob as ordens de comandantes do Hamas instalados na Turquia, refere o comunicado do Shin Beth.
O comando turco tinha recrutado na Cisjordânia e Jordânia homens entre os 23 e os 30 anos e que foram treinados na Turquia, Síria e Faixa de Gaza, «que de seguida seriam enviados para o terreno (...) para cometer ações terroristas», acrescentam os serviços secretos israelitas.
Esta rede estaria a preparar um atentado contra o estádio Reddy, o principal recinto de futebol de Jerusalém onde joga a equipa do Beitar, cuja claque é conhecida pelo seu ultranacionalismo israelita.
O elétrico de Jerusalém também estaria incluído na lista de alvos potenciais, acrescenta o Shin Beth, que no entanto não forneceu qualquer informação sobre o estado de avanço dos preparativos dos atentados.
A organização islamita Hamas, que controla de facto a Faixa de Gaza, mantém um gabinete político no exílio, atualmente no Qatar. No entanto, o ministro israelita da Defesa, Moshe Yaalon, disse em outubro que o Hamas «tem dois quartéis-generais, em Gaza e Istambul».
As relações entre Israel e a Turquia degradaram-se profundamente devido às operações israelitas contra Gaza e o Hamas, e na sequência do ataque contra um navio turco ao largo de Gaza em 2010, que custou a vida a dez militantes turcos.
A última guerra em Gaza, entre julho e agosto, voltou a suscitar veementes ataques verbais de Ancara contra Israel, com o então primeiro-ministro e atual Presidente, Recep Tayyip Erodgan, a comparar as operações militares israelitas aos métodos de Hitler.