Israel identificou 250 ativistas da flotilha antes de os levar a tribunal para deportação
Entre os detidos estão os quatro portugueses que integravam a flotilha: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves
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A polícia israelita identificou 250 ativistas que viajavam a bordo da Flotilha Global Sumud, que intercetou na noite passada, antes de as apresentar perante o tribunal para a eventual deportação, foi est quinta-feira divulgado.
Em comunicado, a polícia afirmou que procura "garantir a ordem pública e frustrar qualquer tentativa de minar a legitimidade das ações do Estado de Israel".
"Agentes policiais e soldados trabalham com determinação, profissionalismo e total cooperação com as Forças de Defesa de Israel, o Serviço de Imigração e População, a Autoridade de População e Imigração, forças de resgate e outros parceiros dos ministérios do governo", indicou a nota informativa.
Entre os detidos estão os quatro portugueses que integravam a flotilha: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
A Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, está quase completamente desmantelada.
Dos seus 500 membros, 443, mais de 90%, estão detidos e apenas o navio “Summertime”, que presta apoio jurídico, permanece no Mediterrâneo.
A frota pretendia quebrar o bloqueio a Gaza e levar ajuda humanitária, mas foi travada pela Marinha israelita, que em pouco mais de 12 horas abordou os navios e deteve os tripulantes.
Mais de 600 agentes e agentes penitenciários e de imigração de Israel foram destacados para o porto de Ashdod para cuidar dos detidos.
A operação continua e continuará durante a noite até que "o último navio na flotilha" passe por esse processo de registo, referiu a mesma nota.
O Governo israelita já tinha avisado que não permitiria que os barcos chegassem ao seu destino e sugeriu que entregassem a ajuda humanitária para ser "organizada e distribuída" pelas autoridades israelitas.
A flotilha rejeitou essa proposta desde o início e, apesar das ameaças e até de ataques com drones ou explosões dissuasoras, os ativistas continuaram a sua viagem até serem intercetados, já na chamada zona de risco.
