Israel mata 29 pessoas na Faixa de Gaza enquanto decorrem negociações para implementar plano de paz
Os ataques ocorreram depois de o movimento Hamas ter anunciado estar disposto para libertar os reféns, uma das exigências do plano de paz de Donald Trump
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Os hospitais da Faixa de Gaza registaram, pelo menos, 29 mortes até às 14h00 (hora local, menos duas em Lisboa) deste sábado, após ataques de Israel, quando decorrem as negociações para implementar o plano de paz.
De acordo com o balanço divulgado este sábado, 22 mortes ocorreram na Cidade de Gaza. Segundo a imprensa local, o Exército disse ter interrompido a sua operação de invasão de Gaza, embora use fogo defensivo.
Foram registadas mais duas mortes nos hospitais de Al Awda e Al Aqsa e outras cinco no hospital Nasser.
A Cidade de Gaza sofreu, pelo menos, três ataques israelitas esta manhã.
Os ataques ocorreram depois de o movimento Hamas ter anunciado estar disposto para libertar os reféns, uma das exigências do plano de paz de Donald Trump.
Após estas declarações, o Presidente norte-americano instou Israel a interromper os ataques à Faixa de Gaza.
Além da criação de um Governo de transição, supervisionado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro Tony Blair, o plano apresentado, na segunda-feira, por Washington, determina o fim imediato da guerra e a libertação dos reféns.
O documento prevê ainda a desmilitarização da Faixa de Gaza.
Em 7 de outubro de 2023, Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1200 pessoas, na maioria civis. A resposta israelita causou, desde então, a morte de mais de 68 mil pessoas na Faixa de Gaza, na maioria civis, de acordo com números avançados pelas autoridades do território, do Hamas, considerados fidedignos pela ONU.