Israel proibirá entrada durante 10 anos a jornalistas que acompanhem frota para Gaza
Israel advertiu, este domingo, os jornalistas estrangeiros no país que se acompanharem a frota humanitária com destino à Faixa de Gaza estarão a violar a lei e serão proibidos de entrar em Israel durante uma década.
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Numa carta dirigida aos órgãos de comunicação social, o director do gabinete de imprensa do governo israelita, Oren Helman, adverte os correspondentes e chefes de redacção dos "media" presentes em Israel sobre as consequências de acompanharem a frota.
«Gostaria de vos deixar claro, e aos órgãos que representam, que a participação na frota é uma violação da legislação israelita e é susceptível de levar a que os participantes vejam ser-lhes negada a entrada no Estado de Israel por dez anos, confiscado o equipamento e aplicadas outras sanções», lê-se na carta, citada por agências internacionais.
O responsável israelita pede à imprensa que «evite tomar parte neste acto provocador e perigoso», organizado por «extremistas ocidentais e islâmicos para ajudar o Hamas» e cujo «objectivo e prejudicar o direito de Israel a defender-se».
A frota de dez navios internacionais que deverá chegar à região nos próximos dias «pretende violar o bloqueio que foi declarado legalmente e em consonância com os tratados e a legislação internacional», lê-se.
«O governo de Israel deu instruções ao exército para que não permita que a frota atinja o seu objectivo», acrescentou.
Uma dezena de navios deve partir da Grécia nos próximos dias no âmbito de uma «frota da liberdade» para quebrar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza e transportar para aquele território palestiniano ajuda humanitária, segundo os organizadores.
Esta segunda frota para Gaza realiza-se cerca de um ano depois da primeira, que terminou a 31 de Maio de 2010 com um assalto de um comando da Marinha israelita ao navio turco Mavi Marmara em águas internacionais. Nesse assalto morreram nove cidadãos turcos.