As Forças de Defesa de Israel garantem que "foram retiradas lições imediatas do acontecimento".
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O exército israelita reconheceu que matou três reféns do Hamas a tiro na sexta-feira, depois de os terem identificado "por engano" como uma ameaça.
"Durante o combate em Shejaiya [bairro da cidade de Gaza], as FDI [Forças de Defesa de Israel] identificaram por engano três reféns israelitas como uma ameaça. Como resultado, as tropas dispararam contra eles e foram mortos", disse o exército num comunicado.
"Foram retiradas lições imediatas do acontecimento, que foram transmitidas a todas as tropas das FDI no terreno", acrescentou, expressando "profundo remorso pelo trágico incidente".
O exército identificou os reféns como Yotam Haim e Alon Shamriz, ambos levados do Kibutz Kfar Aza durante o ataque do Hamas a 7 de outubro, e Samer El-Talalqa, que foi levado do Kibutz Nir Am. "Esta é uma tragédia insuportável", declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em comunicado.
"Todo o Estado de Israel está de luto esta noite. O meu coração está com as famílias em luto neste momento difícil."
O porta-voz do exército, Daniel Hagari, disse que os militares "são responsáveis por tudo o que aconteceu".
"Acreditamos que os três israelitas ou escaparam, ou foram abandonados pelos terroristas que os mantinham em cativeiro", disse, acrescentando: "Ainda não sabemos esses pormenores".
O Hamas raptou cerca de 250 reféns durante o ataque de 7 de outubro contra Israel, que matou 1.139 pessoas, segundo os números oficiais.
A guerra de retaliação de Israel contra o grupo matou mais de 18.700 pessoas, de acordo com o ministério da saúde do Hamas, dirigido pelo território.