Israel, Autoridade Palestiniana e a Jordânia querem construir uma conduta que leve água salgada por ano do Mar Vermelho para o Mar Morto, mas há quem conteste o projeto.
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Israelitas, palestinianos e jordanos vão trabalhar juntos para a construção de um canal para que as águas do Mar Vermelho possam "ressuscitar" o Mar Morto, isto na sequência da aprovação da primeira fase do projeto.
Este esforço, assinado esta segunda-feira em Washington, tem como objetivo evitar o desaparecimento do Mar Morto, cujo nível das águas baixou 27 metros nos últimos 51 anos.
Para contrariar um possível desaparecimento do Mar Morto em 2050, os três países que têm em costa neste lago querem construir uma conduta que leve 200 milhões de metros cúbicos de água salgada por ano do Mar Vermelho para o Mar Morto.
Este projeto, que custa 7200 milhões de euros, prevê ainda a dessalinização de alguns milhões de metros cúbicos de água salgada que será transformada em água potável a dividir por Israel, Autoridade Palestiniana e Jordânia.
Comentando este acordo, o ministro israelita da Energia e da Água considerou que este é um «momento histórico», mas cientistas e organizações ecologistas dizem que este acordo é mais político do que ambiental.
De acordo com um professor da Universidade de Telavive, a junção da água dos dois mares acabará com a existência de depósitos flutuantes de gesso, porque a composição das águas é diferente.