A Itália sai das eleições legislativas sem uma maioria clara no Senado e com a esquerda a vencer na Câmara dos Deputados, segundos resultados parciais oficiais e projeções de institutos de sondagem.
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As simulações sobre os lugares atribuídos no Senado realizadas pelos dois principais diários italianos, o Corriere della Sera e o La Repubblica, davam a coligação, de direita, de Silvio Berlusconi à frente, com 113 a 123 lugares, dos 315 que tem a câmara alta.
A coligação de esquerda, dirigida por Pier Luigi Bersani, é creditada de 104 a 105 lugares e mesmo que se alie aos centristas de Mário Monti, que devem obter entre 17 a 20 lugares, fica longe da maioria de 158 lugares.
O Movimento Cinco Estrelas, do comediante e bloguista Beppe Grillo, está creditado com 57 a 63 eleitos, mas como é radicalmente oposto aos partidos tradicionais, os seus senadores não entram nos cálculos de possíveis alianças para criar uma maioria com quem que seja.
Já na Câmara dos Deputados, as projeções divulgadas pelas cadeias de televisão RAI e Sky TG-24 dão a esquerda de Bersani à frente, o que lhe deve garantir, devido ao sistema eleitoral italiano, 340 lugares dos 630 da câmara baixa.
Segundo os resultados parciais publicados pelo Ministério do Interior, depois da contagem dos boletins de voto em 48.667 dos 61.446 locais de voto, a esquerda está creditada com 30,14 por cento dos sufrágios, contra 28,62 por cento para a direita de Berlusconi.
Notícia atualizada às 23h00