Os eleitores italianos participaram nos referendos de domingo e hoje, conseguindo-se o quórum para uma abolição das leis sobre a energia nuclear, liberalização da água e imunidade judicial de governantes.
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A participação está à volta dos 57 por cento para todas as questões, de acordo com os dados do Ministério do Interior sobre 50 por cento dos municípios.
Para que os referendos, promovidos pela oposição de centro-esquerda e visando revogar as leis existentes, fossem válidos, era necessária uma taxa de participação de 50 por cento mais um voto.
Há 16 anos que não se atingia em Itália o quórum necessário neste tipo de referendos de iniciativa popular.
Cerca de 50 milhões de eleitores foram chamados a decidir sobre a privatização dos serviços de abastecimento de água, a definição das tarifas do serviço hídrico e a possibilidade de voltar a produzir energia nuclear, 24 anos depois de a terem abandonado.
Votaram ainda a possibilidade de invalidar a lei do «legítimo impedimento», norma que permite que o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e os seus ministros se ausentem dos tribunais alegando compromissos institucionais.