A bordo, estavam migrantes com origem na Somália, no Mali e na Nigéria. Das 311 pessoas, 139 são menores.
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Mais de 300 migrantes resgatados há uma semana por uma organização não-governamental (ONG) espanhola, ao largo da Líbia, chegaram, esta sexta-feira, ao sul de Espanha, depois de Itália e Malta negarem a entrada nos seus portos.
A bordo, estavam migrantes com origem na Somália, no Mali e na Nigéria. Das 311 pessoas, 139 são menores.
A organização Save the children conta que são crianças que fogem da guerra na Somália e na Síria.
Os migrantes estão a ser atendidos pelas autoridades de saúde, com voluntários da Cruz Vermelha.
As ONG envolvidas no processo vão passar os próximos três dias a definir o estado de cada um dos migrantes, dependendo da nacionalidade, idade e se foram ou não vítimas de tráfico de seres humanos.
Resgatados a 21 de dezembro em três barcos precários, estes migrantes foram autorizados a desembarcar em Espanha no dia seguinte pelo Governo de Pedro Sanchez, depois de terem sido recusados por Itália e Malta.
Segundo Madrid, a Líbia, a França e a Tunísia não responderam ao pedido da ONG após a recusa de Itália.
Esta é a primeira vez em quase cinco meses que a Espanha deixa atracar nos seus portos um barco de uma ONG com migrantes a bordo.
Em junho, o primeiro-ministro espanhol anunciou que o país iria acolher em Valência o navio humanitário Aquarius, com 629 migrantes, que Itália e Malta se haviam recusado a receber.
Em novembro, foram acolhidos em Portugal, pela Câmara do Fundão, dezanove migrantes do navio Aquarius II.