Quase três mil pessoas morreram nos ataques de 2001. O atentado que mudou o mundo ditou mudanças, por exemplo, na forma como se viaja de avião.
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Foi há 21 anos que o mundo registou um dos momentos mais marcantes do século XXI. Eram 8h46 da manhã, hora local, quando o primeiro avião embateu na torre norte do World Trade Center. O boeing, que saiu de Boston com direção a Los Angeles, foi tomado por terroristas, que desviaram a aeronave e a levaram a embater naquele complexo empresarial, composto por sete construções.
Rapidamente o evento tomou conta dos meios de comunicação social do mundo inteiro, que pensaram tratar-se de um acidente. E foi já em direto que o planeta assistiu ao embate da segunda aeronave, 17 minutos depois do primeiro atentado. Às 9h03, um segundo boeing, na mesma rota do primeiro, embateu na torre sul.
Foi nesse momento que as suspeitas de um atentado terrorista se confirmaram. Mas os ataques não pararam. Às 9h37, uma terceira aeronave, que tinha partido da capital Washington com direção a Los Angeles, atingiu o Pentágono.
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Cerca de meia hora depois, um quarto avião caiu na Pensilvânia, depois dos passageiros terem lutado contra os terroristas. As investigações iniciais apontavam que o destino seria a Casa Branca, casa oficial do presidente dos estados unidos, mas as autoridades apuraram que o alvo seria o Capitólio, a sede do congresso norte-americano.
Na memória fica ainda o colapso das duas torres, o que levou ao pânico em Manhattan.
A Al-Qaeda reivindicou o ataque e Osama Bin Laden passou a ser o inimigo número um dos Estados Unidos, que começaram aí a luta contra o terror. O líder da organização terrorista acabaria por ser morto pelas forças norte-americanas a 2 de maio de 2011, numa operação chamada Lança de Neptuno.
Ao todo, os ataques levaram à morte de 2977 pessoas, além dos 19 sequestradores dos aviões. É considerado o ataque com o maior número de mortos da história.
De lá para cá, assinala Ricardo Alexandre, diretor-adjunto da TSF e editor de Internacional, "a grande conquista da luta americana contra o terrorismo" foi o país não ter sido alvo de um atentado terrorista de tal dimensão ou "sequer de dimensão próxima".
"A luta contra o terrorismo foi mudando muito também", observa, frisando que a transformação tecnológica permitiu aos EUA de ir abandonando a política de ter tropas no terreno, substituindo-a por ataques à distância e assassínios seletivos através da utilização de drones.
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O atentado terrorista de 11 de setembro foi um marco na história do planeta, que mudou, por exemplo, a forma de viajar de avião, recorda Ricardo Alexandre.
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"A necessidade de reforçar a segurança retirou-nos privacidade, aceitamos ceder nas liberdades individuais em nome da segurança enquanto bem coletivo", lembra.
Apesar disso, a verdade é que hoje em dia o terrorismo está menos "presente" nas capitais ocidentais, como, aliás, "sempre esteve", mas com um mediatismo bem diferente.
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Para assinalar o 21.º aniversário dos ataques, o presidente norte-americano, Joe Biden, vai colocar uma coroa de flores no Pentágono, a sede do departamento de defesa, onde fará também um discurso.