As mesas eleitorais abriram às 8h deste domingo (7h em Lisboa), para a primeira volta das eleições que vão escolher o sucessor de François Hollande.
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O Presidente francês, François Hollande, votou este domingo no seu feudo eleitoral de Tulle, no departamento de Corrèze, centro do país, nas eleições para escolher o seu sucessor.
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O Presidente anunciou em dezembro passado que não se recandidataria a novo mandato, marcado pelos fortes índices de impopularidade.
O chefe de Estado não manifestou apoio público a nenhum candidato, embora tenha deixado transparecer numa entrevista ao semanário "Le Point" que via com bons olhos o candidato centrista Emmanuel Macron.
O candidato da formação política do Presidente, o Partido Socialista, Benoit Hamon, que segundo as sondagens é o grande derrotado das eleições, votou praticamente à mesma hora que Hollande em Trappes, na periferia de Paris.
O candidato centrista à presidência de França, Emmanuel Macron, favorito nas sondagens, também já votou este domingo na primeira volta das eleições acompanhado da mulher na localidade de Le Touquet, na costa atlântica do país, onde tem uma casa de férias.
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Macron, que com 39 anos aspira a converter-se no Presidente mais jovem da história de França, chegou à assembleia de voto no meio de importantes medidas de segurança, uma precaução perante o nível elevado de alerta que o país vive.
O antigo ministro da Economia socialista e antigo banqueiro apresentava um ar relaxado e depois de votar cerca das 10h30 locais pousou para "selfies" com eleitores.
Ainda hoje, Macron e a mulher, Brigitte, sua ex-professora e 25 anos mais velha, têm previsto deslocar-se a Paris para acompanhar a jornada eleitoral no palácio de Congressos da Porta de Versalhes, onde pronunciará uma declaração depois de serem conhecidos os resultados.
Marine Le Pen, a candidata da extrema-direita à presidência de França, votou também durante a manhã, na comuna Hénin-Beaumont, na região de Norte-Pas-de-Calais (a cerca de 200 quilómetros de Paris).
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Acompanhada pelo autarca da cidade, Steeve Briois, também do partido Frente Nacional (FN) e do seu companheiro, o eurodeputado Louis Alliot, Le Pen depositou o voto na urna rodeada de grande atenção mediática.
A candidata tem surgido nas sondagens como a favorita para vencer o centrista Emmanuel Macron.
Porém, nas últimas semanas as intenções de votos nos dois candidatos baixaram, ao contrário do que sucedeu com o conservador François Fillon e o candidato da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, o que torna incerto o resultado da primeira volta.
Marine Le Pen tem previsto passar esta manhã de domingo com a família, com quem irá almoçar, para depois acompanhar a jornada eleitoral, programada pelo seu partido, em Hénin-Beaumont.
Este programa da candidata contraria a tradição dos últimos anos, por um dos favoritos a passar à segunda volta não passe a noite eleitoral em Paris, onde estarão os outros 10 candidatos.
No local de voto de Le Pen marcou presença o grupo ativista Femen, cujos elementos femininos protestam em tronco nu.
Seis das ativistas foram detidas depois de saírem de uma viatura usando máscaras da candidata à presidência francesa e do Presidente norte-americano, Donald Trump.
O candidato conservador à Presidência francesa, François Fillon, votou hoje no 7.º bairro de Paris, entre fortes medidas de segurança face a ameaça de um atentado terrorista.
Fillon assumiu-se como um dos alvos de supostos jihadistas, que foram detidos esta semana em Marselha, sob suspeita de planearem um atentado "iminente", pelo que agentes policiais procederam a várias inspeções esta manhã antes da abertura das urnas, no bairro onde se localiza a Torre Eiffel.
Sozinho e de semblante sério, o candidato depositou o seu boletim de voto pelas 11:45 locais (10:45 de Lisboa). Penelope, a mulher de Fillon, votou em Sablé-sur-Sarthe (região de Pays de la Loire), onde o candidato foi autarca.
Jean-Luc Mélenchon, o último dos quatro grandes favoritos a votar, exerceu o direito de voto hoje no centro de Paris, rodeado pelos principais colaboradores na campanha e perante uma grande atenção mediática.
Com um amplo sorriso, Mélenchon, aparentemente muito relaxado, depositou o boletim de voto nas instalações municipais depois de se ter convertido na grande surpresa com uma campanha inovadora que o levou a roçar 20% das intenções de voto nas sondagens.
Como os outros favoritos que já votaram, a chegada de Mélenchon à mesa de voto esteve precedida de fortes medidas de segurança.
Mélenchon vai ficar hoje em casa, muito perto do local onde votou no décimo bairro, e deverá acompanhar o escrutínio num restaurante próximo, em pleno coração de Paris.
Cerca de 47 milhões de eleitores são chamados às urnas para eleger o sucessor de François Hollande perante onze candidatos: Marine Le Pen, Emmanuel Macron, Jean-Luc Melénchon, François Fillon, Benoît Hamon, Nathalie Arthaud, Philippe Poutou, François Asselineau, Nicolas Dupont-Aignan, Jacques Cheminade e Jean Lassalle. Caso nenhum seja eleito hoje, com maioria absoluta, a segunda volta das eleições presidenciais está marcada para 7 de maio.