O ex-Presidente do Brasil foi hospitalizado na terça-feira apresentando sintomas vómitos, tontura, queda da pressão arterial
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O ex-Presidente do Brasil Jair Bolsonaro foi diagnosticado com cancro de pele. A informação foi dada por Claudio Birolini, chefe da equipa cirúrgica que acompanha o antigo chefe de Estado brasileiro.
No boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira e citado pela CNN Brasil lê-se que os exames às "lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas 'in situ', em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica".
O relatório explica que "o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star na tarde do dia 16 de setembro, devido a quadro de vómitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope", tendo apresentado melhoria dos sintomas e da função renal "após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa".
Em prisão domiciliária desde o início de agosto, o antigo chefe de Estado, de 70 anos, deixou a sua residência sob escolta na tarde de terça-feira, após sentir-se mal, e foi internado na clínica privada DF Star, em Brasília, onde passou a noite sob observação, segundo a família.
De acordo com o boletim médico da DF Star, Bolsonaro chegou à clínica na terça-feira "desidratado, com aumento da frequência cardíaca e uma baixa da pressão arterial".
"Os exames evidenciaram persistência de anemia e alteração da função renal", indicaram os médicos, acrescentando que o ex-Presidente permanecerá sob observação durante todo o dia de hoje para determinar se terá de continuar hospitalizado.
Na terça-feira, o seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro, relatou episódios de vómitos e uma "crise de soluços mais grave" que deixou o pai "cerca de dez segundos sem respirar".
No domingo, Bolsonaro tinha saído brevemente da residência onde cumpre prisão domiciliária para realizar uma biópsia cutânea.
Em 11 de setembro, o Supremo Tribunal Federal condenou-o a 27 anos e três meses de prisão, no final de um julgamento histórico em que foi considerado culpado de conspirar para se manter no poder, apesar da derrota eleitoral face ao atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.
No entanto, só poderá ser preso após o esgotamento de todos os recursos possíveis, e a sua defesa já anunciou que vai recorrer em breve.