Centenas de golfinhos são reunidos anualmente por pescadores japoneses na Baía de Taiji. Alguns dos animais são entregues a parques temáticos mas largas dezenas são mortos para consumo humano.
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A caça e posterior matança de golfinhos está novamente em curso na Baía de Taiji, na costa oeste do Japão.
Todos os anos, os pescadores da vila piscatória de Taíji encurralam centenas de golfinhos numa baía, selecionam alguns dos animais para serem entregues a parques temáticos, outros são soltos de novo no mar, e os restantes são mortos para consumo da carne.
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De acordo com a agência Reuters, um grupo de pelos menos 200 golfinhos está preso desde sexta-feira na Baía de Taíji. Vinte destes animais foram já mortos.
Os animais são empurrados para águas menos profundas e depois presos pelas caudas pelos pescadores para que não possam escapar antes de serem mortos.
Antes do início da matança, os pescadores taparam o acesso à baía com uma lona para impedir os ativistas e jornalistas de presenciarem a operação, mas o sangue dos animais depressa se espalhou pela água, segundo relatos contados pela Reuters.
Esta prática tem sido alvo de larga controvérsia e fortes críticas e tornou-se mundialmente famosa através de um documentário da National Geographic (The Cove), galardoado com um Óscar.
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Os embaixadores do Reino Unido e dos EUA no Japão criticaram fortemente o acontecimento, em particular o sofrimento que é infligido a estes mamíferos. Durante o fim-de-semana, a embaixadora dos EUA, Caroline Kennedy, na sua conta do Twitter, qualificou como «desumana» esta tradição e recordou que Washington não apoia esta prática.
O Japão responde às críticas dizendo que se trata de uma tradição cuja prática não é proibida por nenhum tratado internacional. Aquele país acrescenta que os animais nunca são colocados em perigo e precisam de ser abatidos para proteger as zonas de pesca.